17 abril, 2010

ASAS

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ASAS
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Torquato da Luz / Acrílico sobre tela, 2010
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Rio parado no meio de nada,
já foste estrada
para o mar largo e distante.
Hoje és apenas o espelho
de um tempo cansado e velho
e já não há quem te cante.
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A mim, que vivo na margem
aguardando viagem
sem ter como navegar,
só me resta, rio amigo,
não me prender mais contigo,
ganhar asas e voar.
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Torquato da Luz