29 fevereiro, 2008

onde também se fala de nós...



27.2.08
III Bienal de Poesia

publicada por maat às 10:37 AM
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in A Luz do Poema ( clique )

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III Bienal de poesia de silves - 2008

Saúda, por mim, Abû Bakr,
os queridos lugares de Silves
e diz-me se deles a saudade
é tão grande como a minha.
(...)
Mas se retirava as vestes
grácil detalhe mostrando,
era ramo de salgueiro
que me abria o seu botão
para ostentar a flor.


Al-Mutamid - o rei poeta


poem'art A III Bienal de Poesia de Silves que, este ano, se realizará, nos dias de 25, 26 e 27 Abril p.f., começa a ter o seu lado visível. Inicia os primeiros [ se bem que ainda muito tímidos ] passos, mas inicia-os. E como nesta edição tenho a honra de participar conjuntamente com poetas amigos como Maria Azenha, Eduardo Pitta, Luís Serrano, Maria Estela Guedes, Rui Mendes, etc, a convite da querida amiga gabriela rocha martins, convido-os todos a acompanharem esta edição da Bienal, seja em Silves, seja através do Blogue inserido em baixo.
Nesta edição, será homenageado o escritor Urbano Tavares Rodrigues.

João Rasteiro ( clique )

http://margensdapoesia.blogspot.com/

Publicada por João Rasteiro em 23:30
Etiquetas: Festivais de Poesia

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in No Centro do Arco

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Dia da Mulher na ASMAV, em Guimarães, com
Maria Estela Guedes: http://asmavg.blogspot.com/


III BIENAL DE POESIA - SILVES

Programa
( clique )

MIL - MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO

ENTREVISTA DE PAULO BORGES A RESPEITO DA PETIÇÃO MIL "POR UMA FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ"

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in Triplov

28 fevereiro, 2008

pendões*

1. Estes são os pendões com as cores do Município de Silves, e, em simultâneo, da III Bienal de Poesia - vértices do triângulo POESIA, MÚSICA, PINTURA - e que divulgarão as três mesas redondas

2.
Serão colocados à entrada da, então, recém inaugurada Biblioteca Municipal de Silves


3.
*Representam, simbolicamente,

1. a POESIA
2. a MÚSICA
3. a PINTURA



27 fevereiro, 2008

outdoor

O outdoor que divulgará a III Bienal de Poesia de Silves
[ será colocado em locais estratégicos do Algarve e do Concelho de Silves ]

26 fevereiro, 2008

Programa



Dia 25 - Sexta Feira


9h30 - Visita ao Concelho de Silves


13h00 - Almoço


15h00 - Inauguração da Exposição de Pintura
de Marta Jacinto

16h00 - Início dos Trabalhos

Mesa Redonda
Poesia, Poeta, Poema
“ Não adianta aprender as regras, se é que as há, rigorosamente, como querem os fundamentalistas.
O ritmo está mesmo é no sopro do poeta”.

-Dora Ferreira da Silva

Intervenientes:
Aida Monteiro, António Simões, João Rasteiro, Jorge Fragoso, Marco Alexandre Rebelo, Maria Azenha, Maria Gomes
Moderador:
Luis Carlos de Abreu

Deambulações poéticas pelo grupo Experiment’arte

17h30 - Pausa para Café
18h00 - Conclusões

20h00 - Jantar
22h00 - Lançamento da Antologia
Leituras por Marta Vargas




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Dia 26 - Sábado


9h30 - Visita guiada à Cidade de Silves


13h00 - Almoço

16h00 - Início dos trabalhos

Mesa Redonda
Porque motivo continuam os homens a escrever Poesia?
“ A poesia está em toda a manifestação artístíca, transmite o sentimento de plenitude, e o poema pode ser apenas, produto de um versejar”.
-Octávio Paz

Intervenientes:
Eduardo Pitta, Graça Magalhães, José Ribeiro Marto, Maria Toscano, Rui Mendes, Teresa Tudela
Moderador:
Paulo Penisga

Deambulações poéticas pelo grupo Experiment’Arte

17h00 - Pausa para café
18h00 - Conclusões

20H00 - Jantar
22h00 - “Os Tons da Palavra” - con vivências & con ivências culturais



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Dia 27 - Domingo


16h00- Início dos trabalhos

Mesa Redonda
Democratização da poesia ou banalização da palavra.
“ nos tempos dourados aprendi duas palavras, que acabaram tendo tanta importância no meu ofício, a palavra liberdade e a palavra justiça.
-Lygia Fagundes Telles

Intervenientes:
Luís Serrano, Maria Estela Guedes, manuel a domingos, Manuel Madeira, Maria do Sameiro Barroso, Porfírio Al Brandão
Moderador:
Silvestre Raposo

Deambulações poéticas pelo grupo Experiment’arte

17h30 - Pausa para café
18h00 - O Poeta da Palavra Vida
Homenagem a Urbano Tavares Rodrigues
Lição de Sapiência por Domingos Lobo

20h00 - Jantar de Encerramento
22h00 - "Palavras Interditas" - recital poético-musical pelo Grupo Experiment'arte




A casa da minha infância foi um «monte» alentejano, próximo do rio Ardila, a cerca de quatro quilómetros da branca cidade de Moura.

A frontaria dava para um pátio empedrado, de onde ainda se vêem, num alto, a eira, e mais perto, outras construções: a habitação do feitor, a cavalariça, a vacaria, o galinheiro, o curral dos porcos, o alpendre onde guardavam o trem, o churrião e vários carros de lavoura e alfaias agrícolas, a charrua, a debulhadora, o trilho...

A toda a volta da casa mansas oliveiras, quase cinzentas por tempo fosco, mas de prata quando o sol se mostra. E, quase encostada à casa, as olaias, muito visitadas pelos pardais sobretudo à noitinha, e a suave glicínia, trepando por uma parede caiada, junto a janelas de grega do quarto dos meus pais.

Foi nesse cenário rústico, que de Inverno acordava muitas vezes branco de geada e onde a Primavera vinha cedo, de ouro e azul, sobre a verde germinação das searas, que decorreram os anos mágicos da minha infância, escutando os cantos e os dizeres dos camponeses, brincando com os pastorinhos das ovelhas e das vacas, galopando pelos montados do outro lado do rio, escalando cabeços cobertos de estevas e mistério(...)

-Urbano Tavares Rodrigues







A Exposição, as Mesas Redondas, o Lançamento da Antologia e a Homenagem a Urbano Tavares Rodrigues decorrerão na Bibilioteca Municipal de Silves.




Logotipo de POEM'ARTE // "NAS MARGENS DA POESIA"



Desde o tempo das primeiras taifas ( séc. XI ) que Silves é reconhecida como cenário de literatos.
A título de exemplo, recordamos a juventude de Al-Mu’tamid, dotado de uma sensibilidade estética e de uma sensualidade poética que o tornarão célebre, assim como, o tão poetado Palácio das Varandas ou o Rio Arade, onde o poeta do destino, como o reconhece Adalberto Alves, virá a fortalecer a sua lendária amizade por Ibn ‘Ammar, o controverso poeta de Estombar e de Silves…
São célebres os poemas deixados por ambos, assim como é demais conhecida a “Evocação a Silves”, poema que acompanha o texto com que a Srª Presidente da Câmara abriu a Antologia da II Bienal de Poesia.
A História e a Literatura, através dos séculos, têm vindo a deixar, nomes ilustres de Poetas ligados ao nosso Concelho.
Conceituadas são, igualmente, as tertúlias literárias.
No séc. XIX, em Matamouros e em casa da família Garcia Blanco, encontram-se poetas da época, nomeadamente, João de Deus, por muitos conhecido, por poucos entendido e por muito menos aprofundado.
No séc. XX, lembramos Luísa Neto Jorge que granjeou, como poeta, nome a nível nacional.
E quantos mais poderíamos evocar.
Mas, por ora, limitamo-nos aos últimos cinco anos, quando iniciámos a I Bienal, para demonstrar a relevância alcançada pela POESIA no Concelho e, mais concretamente, na cidade de Silves.
Conseguimos, com a I Bienal criar um público fiel e exigente, e, com a II Bienal reforçámo-lo, tendo, a cidade, ficado conhecida como a Capital da Palavra Ardente, ultrapassando fronteiras, e fazendo do Concelho de Silves o único, onde, com periodicidade, se celebra a Poesia e os Poetas se encontram.
Tivemos eruditos e populares que, há três anos, acorreram, aos Paços do Concelho. E é este público expectante e interessado que, nos dias 25, 26 e 27 de Abril de 2008, preitearemos, com a III Bienal, diferente e inovadora, com novos e/ou conhecidos oradores e moderadores.
E, se as duas primeiras Bienais deram a conhecer novos valores da Língua Mátrea, na III teremos jovens e menos jovens Poetas, todos, porém, com provas dadas e valor reconhecido.
As Bienais de Silves começam a ser reconhecidas no mundo literário e, não é por mero acaso, que alguns dos nobilíssimos poetas e artistas plásticos contemporâneos, não hesitam em nelas participar.
Marta Jacinto, jovem e promissora artista plástica, apresta-se a mostrar a sua pintura, numa Exposição que forma um dos ângulos da III Bienal, por isso chamada POEM’ARTE.
A ela se associa o Mestre Silvestre Luís Varela Raposo que, imediatamente, se prontificou a elaborar todo o grafismo da III Bienal.
Falta-nos o último ângulo da III Bienal – a Música – assegurada pelo Grupo Experiment'arte que confirma, também, várias deambulações poéticas, ao longo dos três dias da Bienal.
Na II Bienal de Poesia, a Autarquia de Silves homenageou o poeta António Ramos Rosa, na celebração dos seus 80 anos, perpetuados na Antologia, alma de toda a Bienal.
Do mesmo modo, este ano, homenagearemos, a nível nacional, o catedrático Urbano Tavares Rodrigues, o poeta da palavra /vida.
Hoje, o Concelho de Silves, no âmbito literário, é reconhecido por todos, independentemente de cores políticas, idades e sexos, como exigente e qualificado agente divulgador e dinamizador da POESIA portuguesa, e, este ano, concretamente, do triângulo que com ela formarão a PINTURA e a MÚSICA.
Três são, ainda, os grandes objectivos da III Bienal de Poesia de Silves
- comemorar o 25 de Abril;
- inaugurar a Biblioteca Municipal;
- homenagear Urbano Tavares Rodrigues,
de novo, os três ângulos de um triângulo mágico...